A dor de barriga é a dor de que mais se queixam as crianças. Geralmente tem como causa principal a alimentação: antes da refeição, poder ser sinal de fome; após uma refeição, pode ser uma indicação de que a criança comeu demais ou que tem necessidade de defecar. Geralmente, a queixa não é muito grande e dura pouco. Em tais casos, basta uma palavra tranquilizadora da parte dos pais. Às vezes, porém, a dor pode ser mais severa e duradoura, nesses casos, há necessidade de maior atenção.
A dor de barriga pode ser o primeiro sinal de uma enfermidade cujos principais sintomas são vômitos e diarréia. Além disso, a dor de barriga pode acompanhar quase todas as doenças infantis mais comuns. E, às vezes, pode ser indicativa de algum problema interno do abdômen que exija intervenção cirúrgica - como apendicite, por exemplo. Raramente os pais podem determinar a gravidade do problema ou o tratamento necessário. Portanto, se a dor for intensa ou persistir além de 2 ou 3 horas, ou se assumir uma forma mais suave porém crônica, interferindo com as atividades diárias como comer e dormir, os pais devem recorrer a um médico.
Convém salientar que as causas mais corriqueiras de dor de barriga persistente em criança são a ansiedade e a tensão. Na criança, a dor de barriga equivale à dor de cabeça no adulto. Essa equivalência se aplica especialmente àqueles casos em que a dor surge em ocasiões nas quais impede que a criança faça algo que não queria fazer - ir para a escola, almoçar, visitar o médico,etc., mas nem por isso ela deixa de ser real - é tão real quanto a dor de cabeça que o adulto sente quando está cansado e irritadiço. Nesses casos, a dor de barriga não requer medicamentos, mas sim compreensão do que está irritando a criança. Com essa compreensão, os pais podem ajudar a criança a resolver o problema enfrentando-o diretamente, ao invés de calar-se e continuar sentindo dor de barriga. |